ATIVIDADES desenvolvidas no âmbito do Projeto Escola Embaixadora do Parlamento Europeu

atividades

 ANO LETIVO 2021-2022

Dia da Europa

DIA DA EUROPA

No dia 9 de maio de 1950, Robert Schuman, o então ministro dos Negócios Estrangeiros de França, apresentou, em Paris, uma proposta com as bases fundadoras do que é hoje a União Europeia.

Esta proposta, conhecida como "Declaração Schuman", baseada numa ideia originalmente lançada por Jean Monnet, destacava os valores de paz, solidariedade, desenvolvimento económico e social, equilíbrio ambiental e regional e incluía a criação de uma instituição europeia supranacional incumbida de gerir as matérias-primas que, nessa altura, constituíam a base do poderio militar: o carvão e o aço.

Por se considerar que esse dia foi o marco inicial da União Europeia, os Chefes de Estado e de Governo, na Cimeira de Milão de 1985, decidiram consagrar o dia 9 de maio como "Dia da Europa".

Este cartaz, que assinala o Dia da Europa em 2022, foi realizado pela aluna, do 11.º 9.ª, Mariana Miranda.

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CIMEIRA DAS DEMOCRACIAS 2022

Uma equipa constituída por alunos do 11.º 4.ª (C. C. H. Ciências e Tecnologias) e do 11.º 9.ª (C. C. H. de Línguas e Humanidades) representou, com brio, a Escola Secundária Rainha Dona Leonor na Cimeira das Democracias, iniciativa do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica de Lisboa.

Na Cimeira, que decorreu em Lisboa, no passado dia 26 de abril, estiveram presentes mais de 300 alunos e Professores, de todo o País, para um debate muito entusiasmado sobre “A Democracia e as novas tecnologias”.

 

euroescola

EUROSCOLA 2021

Como reconhecimento do trabalho desenvolvido no âmbito do Programa Escola Embaixadora do Parlamento Europeu, a Escola Secundária Rainha Dona Leonor foi convidada a participar na sessão Euroscola que se realizou, online, a partir de Estrasburgo, no dia 10 de dezembro.

Durante a Sessão, os alunos tiveram oportunidade de conhecer melhor a acção do Parlamento Europeu, de colocarem questões a membros do Parlamento Europeu e de apresentarem a sua visão da Era Digital.

Nesta edição Euroscola participaram cerca de 1000 estudantes europeus, de 77 escolas de 21 países europeus. A Escola Secundária Rainha dona Leonor teve o privilégio de ver colocado no ar um vídeo com uma das nossas alunas colocando uma questão sobre Desinformação e Fake News e de ter sido dada palavra a essa mesma aluna para colocar outra questão ao vivo.

Os alunos da Escola Secundária Rainha Dona Leonor foram muitos ativos durante a Sessão, colocando questões via slido.

No fim, Ciril Stokelj elogiou o nível de empenhamento dos jovens participantes , incentivou-os a manterem a democracia viva e a construírem um futuro melhor através do exercício de uma cidadania ativa.

 

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Conferência “O Futuro da Democracia Europeia”

A convite do Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal e no âmbito do Programa Escola Embaixadora do Parlamento Europeu, os embaixadores juniores da Escola Secundária Rainha Dona Leonor, assistiram, online, à Conferência “O Futuro da Democracia Europeia”.

A Conferência decorreu, em Faro, no dia 10 de dezembro e contou com a presença de vários convidados. Margiritis Schinas, Vice-Presidente da Comissão Europeia, começou por elogiar o espírito europeu dos Portugueses e declarou que o debate sobre o futuro da Europa deve ser orientado pelos cidadãos e não pode ser “Bruxelas a falar com Bruxelas”. O eurodeputado Carlos Zorrinho, por sua vez, afirmou que a União Europeia deve ser “uma potência de valores”, defendendo a paz, a liberdade, a democracia e o Estado de Direito. Ana Paula Zacarias, Secretária de Estado dos Assuntos Europeus, alertou para os perigos que assolam a democracia e defendeu a necessidade de se diminuir a distância entre os cidadãos e o poder político, de se garantir a liberdade e a pluralidade dos meios de comunicação social e, ainda, de se defender a justiça e a inclusão social. Alma Rivera, deputada da Assembleia da República, defendeu uma democracia económica, social e cultural e não uma democracia meramente formal.

Seguidamente, os cidadãos que acompanharam o debate, tiveram oportunidade de colocar questões por vídeo ou por escrito aos oradores.

Ao participarem nesta Conferência, os nossos alunos ficaram a conhecer os desafios que se colocam actualmente à União Europeia tomaram consciência do seu papel na construção do futuro da União Europeia.

 

 

ANO LETIVO 2020-2021

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A Cimeira Social realizou-se, no Porto, no dia 7 de maio, no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia.

António Costa começou por agradecer a toda a organização que tornou possível a realização desta Cimeira e reforçou a importância da dimensão social da União Europeia. Seguidamente, referiu que a pandemia de Covid-19 revelou a importância de ter um Estado social forte mas também expôs as fraquezas que ainda existem e que têm de ser recuperadas e combatidas. Esta recuperação implica proteger e criar empregos, evitar falências, combater os efeitos imediatos da crise e enfrentar os desafios estratégicos que nos são colocados. O primeiro-ministro português recordou que a emergência sanitária acresce à emergência climática e que se deve pôr em marcha a recuperação económica e social, sendo que esta seve ser justa e inclusiva. Necessita-se, assim, de medidas sociais, económicas e cooperação climática e digital de forma a corrigir as desigualdades existentes no mundo e a criar coesão entre as pessoas. Para terminar o seu discurso, referiu que tem de ser criado um compromisso entre os Estados membros para que as medidas propostas sejam cumpridas.

Após o discurso de António Costa, tomou a palavra Ursula von der Leyen (Presidente da Comissão Europeia) para falar sobre a recuperação europeia em relação à pandemia e aos problemas estruturais que enfrenta. Ursula von der Leyen começou por fazer um agradecimento à Presidência portuguesa e a António Costa por acolher a Cimeira Social e dar palco a um projeto que se considera ser o “futuro da União Europeia”. De seguida, fez um comentário acerca da situação pandémica e a forma como afetou os mercados europeus, mostrando alguns dos paradoxos que existem nas nossas economias como a falta de apoio aos trabalhadores que durante a pandemia foram designados “trabalhadores essenciais”. A Presidente da Comissão Europeia falou, ainda, sobre o Pilar Europeu dos Direitos Sociais que prevê três grandes metas para 2030: ter pelo menos 78% da população empregada, proporcionar, anualmente, formação a 60% dos trabalhadores e retirar 15 milhões de pessoas da pobreza (cinco milhões das quais crianças). Este é o maior plano de recuperação alguma vez criado e deve funcionar para toda a gente tendo em vista, principalmente, a proteção social, os direitos essenciais das crianças, a criação e proteção do emprego, pretendendo-se alcançar uma igualdade de salários para os homens e para as mulheres e a diminuição de desigualdades. Termina com um apelo a todos os Estados para aderirem ao Plano e com um história comovente acerca de uma estudante portuguesa que lhe escreveu uma carta onde diz que “seria impossível ter arranjado emprego sem os programas sociais da UE”.

Seguidamente, ocorreu uma entrevista que agregou David Sassoli (Presidente do Parlamento Europeu), Kjell Stefan Löfven (primeiro-ministro sueco) e Valdis Dombrovskis (vice-presidente executivo da Comissão Europeia). Foi referido que deve existir cooperação na UE no sentido de melhorar a vida das pessoas, deve existir igualdade salarial entre homens e mulheres, melhoria das condições de trabalho e da segurança social. Reconhece-se que o mundo do trabalho está a mudar tecnologicamente e que a UE tem de se adaptar, tem de ter condições de trabalho justas, previsíveis, garantir salários decentes e os jovens devem ser apoiados agora mais do que nunca e que a recuperação tem de avançar de uma forma inclusiva. Foi, ainda, mencionada a pretensão de desenvolver o pilar social incorporando as questões ambiental e tecnológica.

Após esta entrevista, sobe ao palco o Comissário para o Emprego e os Direitos Sociais, Nicolas Schmit, como último orador antes do início dos workshops. Mais uma vez aponta-se o facto de a pandemia ter acentuado as desigualdades já existentes, da urgência de se criar uma economia mais verde e da necessidade de se investir em escolas, centros de emprego e comunidades. O Comissário concluiu o seu discurso reforçando, novamente, os objetivos do Plano de ação que têm em vista principalmente o apoio aos jovens, muito prejudicados pela pandemia, e a luta contra as desigualdades e pobreza existentes no Mundo.

 Workshop – Trabalho e Emprego

O workshop sobre Trabalho e Emprego surge em consequência de um dos grandes objetivos da UE para 2030,a saber, “pelo menos 78% da população com idades entre os 20 e 64 anos deverá estar empregada em 2030”. Este evento contou com a presença de nomes marcantes como é o caso de Stefan Löfven, Valdis Dombrovskis, Paulo Azevedo e Mette Frederiksen. O debate centrou-se, principalmente, nos seguintes temas: “Que políticas são necessárias para gerar uma recuperação sustentável e inclusiva do mercado de trabalho que permita à UE atingir uma taxa de emprego de 78%?”; “Que iniciativas, a nível nacional e da UE, podem promover a criação de empregos de qualidade?”; “Que medidas-chave estão a ser planeadas de forma a contribuir para atingir o objetivo principal em matéria de emprego?”.

Ter um emprego de qualidade é a principal fonte de rendimento, propósito e realização. Promove a igualdade, a inclusão social e o bem-estar. Foram criados mais de 14,5 milhões de empregos na economia da UE entre 2014 e 2019 mas a pandemia veio interromper essa tendência. Muitos europeus, especialmente os que pertencem a grupos vulneráveis ou sub-representados, viram os seus modos de vida e perspetivas de emprego deteriorarem-se, especialmente entre as mulheres e os jovens. O impacto da pandemia foi maior em países onde os trabalhadores temporários representam uma parte maior do total de trabalhadores. Os jovens e as pessoas com poucas qualificações são quem corre risco mais elevado de desemprego, uma vez que a probabilidade de estarem contratados a prazo é maior.

Em resposta a esta crise, foram implementadas medidas, quer ao nível da UE, quer ao nível nacional, que amorteceram em grande medida o impacto negativo e ajudaram a conter o surto de desemprego. À medida que a Europa transita gradualmente da resposta à crise para a recuperação, será necessário criar trabalho e empregos de qualidade, de modo a construir um caminho sustentável rumo ao objetivo de uma taxa de emprego de 78% em 2030. Para atingir este objetivo geral, a Europa tem de se empenhar em reduzir, pelo menos para metade, a disparidade entre homens e mulheres no emprego face a 2019, aumentar a oferta ao nível da educação e dos cuidados de primeira infância, e diminuir a taxa de jovens dos 15 os 29 anos que se encontram sem emprego, sem estudar ou sem receber formação.

Ainda que, previsivelmente, o crescimento económico retome a tendência em 2021, as perspetivas para o mercado de trabalho não são animadoras. Apesar da administração das vacinas e do aumento da procura externa, a dimensão e a persistência do choque, bem como as mudanças trazidas pela dupla transição verde e digital, irão provavelmente conduzir a desafios para alguns setores e empresas.

Os novos empregos vão ser cada vez mais verdes e digitais, dirigidos por forças de mercado, pela digitalização, pelas preferências dos consumidores e pelo objetivo da Europa de atingir a neutralidade carbónica em 2050. Para se atingir o objetivo de 78% de emprego em 2030, todos os grupos sub-representados no mercado de trabalho têm de usufruir de igualdade de oportunidades. A Europa tem de procurar reduzir pelo menos para metade a disparidade entre os géneros no emprego e acabar com as diferenças nos salários e nas pensões entre homens e mulheres. Para tal, podem contribuir políticas que promovam o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, tais como períodos de descanso adequados, impostos e subsídios, serviços e regimes de trabalho flexíveis. São de extrema importância os cuidados e a educação na primeira infância com preços acessíveis e de boa qualidade. É igualmente necessário dedicar especial atenção e investimento aos jovens e às pessoas com poucas qualificações, os quais são mais vulneráveis a flutuações no mercado de trabalho (proteção dos mais desfavorecidos foi um dos principais focos deste workshop). Uma indústria dinâmica e, simultaneamente, uma rede de pequenas e médias empresas resilientes e inovadoras continuam a ser fatores cruciais para a prosperidade futura da Europa e para a criação de novos empregos. A mobilidade laboral intra-UE mantém-se como fator essencial para o funcionamento do mercado único. Novas oportunidades irão também surgir da economia social.

As novas tecnologias representam tanto oportunidades significativas como desafios para o mundo do trabalho. As tecnologias digitais e a inteligência artificial podem criar novos mercados, redefinir a natureza das funções do trabalho e ajudar a aumentar a produtividade, tornando as empresas mais competitivas e, por isso, capazes de contratar mais trabalhadores qualificados. Mas podem, também, colocar em risco os atuais padrões de trabalho, nomeadamente suscitando decisões enviesadas, discriminação e falta de transparência. A robotização pode diminuir os riscos laborais de tarefas perigosas e monótonas, mas também pode envolver novos riscos para a saúde física e mental dos trabalhadores. O aumento do teletrabalho abre oportunidades para uma organização mais flexível da vida pessoal e profissional, e uma utilização mais eficiente dos recursos humanos e naturais. Contudo, também aumenta a necessidade de reflexão sobre os limites do tempo de trabalho contratualizado, o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, a saúde e segurança no trabalho, o isolamento social e a noção de “espaço de trabalho” (como vemos têm de se encontrar um equilíbrio entre o avanço da tecnologia e o bem-estar da população).

Este workshop teve ainda destaque pela apresentação das iniciativas da UE que irão apoiar o trabalho como: Diretiva relativa a condições de trabalho transparentes e previsíveis (Vai assegurar a disponibilização de informação mais completa sobre os aspetos essenciais do trabalho e a atribuição de novos direitos para quem esteja em situação de emprego precário); Nova estratégia industrial; Apoio ao emprego dos jovens – uma ponte para o emprego da próxima geração (reforço do ensino e da formação profissional e criação de estágios); Consolidação da Garantia para a Juventude (compromisso por parte de todos os Estados-Membros no sentido de assegurar que todos os jovens com menos de 30 anos acedam a ofertas de emprego de qualidade); Proposta de Diretiva relativa a salários mínimos adequados na União Europeia (Pretende assegurar que os trabalhadores da União estão protegidos por salários mínimos adequados, que permitam usufruir de uma vida digna onde quer que trabalhem. A proposta visa promover a negociação coletiva dos salários em todos os Estados-Membros); Proposta de Diretiva relativa a medidas de transparência salarial (Estabelece medidas de transparência salarial, tais como a prestação de informação remuneratória a quem procura emprego, o direito a conhecer os níveis salariais dos trabalhadores que executam o mesmo trabalho, assim como a imposição às grandes empresas de prestarem contas sobre eventuais disparidades salariais entre homens e mulheres).

 Workshop – Bem-estar e Proteção Social

O moderador Martin Sandbu acompanhou ao longo destas duas horas os discursos de cada interveniente, salientando o que considerou mais importante ou relevante de cada um. O discurso de abertura do workshop foi feito por Bea Cantillon, professora catedrática da universidade de Antuérpia. De seguida, o presidente da Lituânia, Gitanas Nauséda, falou um pouco acerca das consequências da pandemia em termos de questões sociais. A Lituânia teve algum êxito a nível económico especialmente depois da sua adesão à União Europeia. No entanto, subsistiram desigualdades sociais e regionais e perderam cerca de 1/3 da sua população com a emigração, devido a uma abordagem demasiado literal relativamente à política económica e social. Porém, em 2019 tiveram resultados positivos. Introduziram a igualdade em termos de sistema de ensino, a média salarial cresceu e estes primeiros resultados foram bastante encorajadores, até chegar a pandemia. Com a chegada da pandemia acentuou-se a desigualdade entre gerações, o desemprego cresceu assim como a desigualdade salarial entre géneros e a média salarial cresceu apenas 10%. O presidente da Lituânia afirma, contudo, que o setor de exportação teve êxito mesmo durante a pandemia.

De seguida, tendo sido dada a a palavra a alguns dos parceiros sociais, o presidente da Confederação Europeia do Comércio e Serviços afirmou que se aplicaram medidas de apoio em todos os Estados-Membros e que os trabalhadores independentes acabaram por ser os mais atingidos na pandemia, com uma grande redução nos rendimentos. A fim de manterem o nível de empregabilidade, necessitam de ter determinadas competências, nomeadamente digitais, e que para conseguirem encontrar um emprego devem existir parcerias entre o setor público e privado.

Liina Carr, secretária confederal da ETUC (European Trade Union Confederation), colocou uma questão pertinente a nível do PIB como indicador de um bom desempenho a nível económico. Na sua opinião, o PIB não é a melhor medida de avaliação, e considerou necessário definir um conjunto de indicadores para medir o bem-estar social. Reforçou também a ideia de que os que ganham menos são os que têm uma menor proteção no mercado de trabalho, mas são os que mais ajudaram durante a pandemia.  Por fim, terminou dizendo a nossa forma de viver deve ser repensada.

A eurodeputada Iratxe García Pérez, apoiante do Partido Socialista Operário Espanhol, colocou como questões essenciais a proteção da saúde das pessoas, os esforços coletivos que podem auxiliar na mudança e na cooperação, e as reformas adequadas a nível da igualdade de género a vários níveis, a qualidade do emprego, a proteção social e melhores níveis de vida. Retomando a linha de pensamento de Liina Carr, a eurodeputada afirmou que os indicadores para medir o êxito de um país devem ser a justiça social e a qualidade de vida dos cidadãos. Devem disponibilizar as ferramentas financeiras apropriadas e incentivar um investimento público. Por fim, acrescentou que todos devem pensar em como podemos aplicar tudo o que está nos planos de ação.

Óscar Gaspar, Secretário de Estado da Saúde, defende que o progresso social exige uma estratégia coerente para ultrapassar a inatividade, o desemprego e a pobreza. A falta de competitividade e a ausência de implementação de verdadeiras reformas estruturais constitui-se como um entrave ao progresso das sociedades. É necessário, mais do que nunca, aumentar a produção de vacinas e acelerar a sua distribuição em toda a União Europeia. Outras medidas mencionadas foram ainda o reforço do trabalho remunerado e do rendimento mínimo adequado, de modo a acabar com a precariedade e com o emprego mal remunerado.

María Rodríguez Alcazar, representante dos jovens, falou de uma realidade muito comum nos nossos dias. Milhares de jovens foram deixados sozinhos e passaram uma fase difícil durante a pandemia, pois para além de não terem emprego, não podem usufruir do subsídio de desemprego se não trabalharem pelo menos 5 anos e se não tiverem mais de 25 anos. O sistema de proteção social devia ajudá-los mas tal não aconteceu. Milhares de jovens recorreram ao Banco Alimentar para conseguirem satisfazer as suas necessidades básicas. Por fim, afirma que o Plano de Ação constitui uma oportunidade para proteger os direitos dos jovens e acabar com a discriminação em função da idade.

Luís Natal Marques, presidente do SGI da Europa, afirmou que esta crise obriga a repensar as bases do sistema económico. O maior foco para ele é a qualidade de habitação, dos serviços dos transportes e da educação. Os planos nacionais de recuperação já apresentados representam uma oportunidade única. Não se deve permitir que as despesas sociais produtivas continuem a ter restrições, e deve ser feita uma revisão dos acordos de governos europeus na área fiscal.

Philippe Lamberts, eurodeputado, iniciou o seu discurso dizendo que as crises permanecem muito para lá do tempo na vida das pessoas, e em vários níveis. Para além disso, a nível político reforçam a ascensão de movimentos populistas. É necessário apostar num futuro justo e colocar a Europa social no centro da recuperação. Sempre que foram implementadas políticas sociais justas, elas mostraram ser essenciais para desenvolver sociedades democráticas justas e coesas. A crise, como já se sabe, afeta os mais vulneráveis, os mais pobres e os menos qualificados. Causa também algum impacto para as mulheres a nível salarial, e por isso é que se deve apostar na redução do risco de pobreza e na diminuição da exclusão social, por exemplo, na discriminação contra as pessoas com deficiência, em todos os níveis.

Em suma, foram vários os intervenientes e os conceitos abordados neste workshop. Houve muitas vezes a repetição das mesmas ideias, todas voltadas para o mesmo objetivo, que é a construção de uma sociedade mais justa, com menos desigualdades sociais e menos pobres. Este tema está relacionado com o novo grande objetivo da União Europeia para 2030, em matéria de pobreza e inclusão social, conforme proposto no Plano de Ação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais, que é, a redução em pelo menos 15 milhões do número de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social, incluindo pelo menos 5 milhões de crianças. Vários obstáculos relacionados com rendimentos, idade, desigualdades territoriais e escassez de infraestruturas tornaram mais difícil o acesso a serviços essenciais com qualidade suficiente, especialmente para pessoas em risco de pobreza e exclusão social. Os Estados-Membros também enfrentam o desafio sistémico de preparar os seus sistemas de proteção social para o futuro, tendo em vista grandes alterações no mercado de trabalho, impulsionadas pela digitalização e por novas formas de trabalho. Outros temas que tiveram um papel central neste debate foram a sustentabilidade dos sistemas de pensões e o financiamento da proteção social.

 Cerimónia de Encerramento

A cerimónia de encerramento iniciou-se com o discurso do secretário-geral da Confederação Europeia de Sindicatos, Luca Visentini. Reforçou a ideia de que ainda há muito a fazer, especialmente devido ao impacto da pandemia nos países, e que é necessário ter a certeza que o processo de vacinação e de produção de vacinas decorre de forma rápida e eficaz, para que possamos progredir como sociedade e cumprir todos os objetivos propostos e discutidos nesta conferência. Houve ainda outros discursos por parte de várias personalidades que lá se encontravam, mas gostaríamos de mencionar com especial atenção o discurso de Piotr Sadowski, presidente da Social Platform. Ao longo do seu discurso, reforçou a importância de construir uma sociedade igual em direitos, capaz de combater a discriminação existente a todos os níveis, uma sociedade solidária que promova a justiça social. O discurso de António Costa também foi muito importante pois referiu que pela primeira vez foi possível alcançar um compromisso conjunto para falar de algo tão importante como a execução do Plano de Ação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais. Este constitui-se como o mais abrangente e ambicioso compromisso alguma vez alcançado, de forma tripartida, a nível europeu, e marca o início de uma caminhada que irá ser feita em conjunto. António Costa terminou o seu discurso agradecendo a todos os parceiros sociais que, embora tendo pontos de vista diferentes, não se furtaram ao diálogo social. Após terem terminado todos os discursos, seguiu-se a conferência de imprensa.

 Conclusão

Concluímos o nosso trabalho dizendo que todos os temas abordados no evento são fundamentais para o desenvolvimento de uma Europa mais justa e com melhores condições para todos, e que é sem dúvida muito importante a reunião de várias personalidades para debaterem propostas que levem as pessoas a agir e a refletir sobre o que há para melhorar. O reforço das qualificações dos europeus para que possam ter um melhor emprego, a fim de conseguirem acompanhar a evolução da sociedade, o reforço da inovação, de modo a aumentar a competitividade das nossas empresas e, finalmente, o reforço da proteção social, combatendo as desigualdades existentes e as novas, são essenciais para construir a sociedade próspera e unida que todos ambicionamos alcançar.

Afonso e Marta (12.º 8.ª)

 

ANO LETIVO 2018-2019

 

  • Realização de trabalhos sobre os 28 países que integram a União Europeia.
  • Realização de Conferências/Debates com eurodeputados:
    • No dia 23 de Novembro, a Escola Secundária Rainha Dona Leonor teve a honra de receber a visita do eurodeputado (do PCP) João Ferreira.

Cinco turmas do Ensino Secundário das Áreas de Economia e de Línguas e Humanidades encheram o Auditório da Escola, onde o Dr. João Ferreira dinamizou uma apresentação acerca do funcionamento das instituições europeias e deu voz aos alunos para colocarem algumas dúvidas acerca da atualidade governativa europeia e da atividade que o Deputado tem vindo a desenvolver no Parlamento Europeu. 

joao ferreira

    • No dia 18 de janeiro, a Escola Secundária Rainha Dona Leonor teve a honra de receber a visita do eurodeputado (do PSD) Carlos Coelho.

Seis turmas do Ensino Secundário das Áreas de Economia e de Línguas e Humanidades encheram o Auditório da Escola e assistiram numa primeira fase a uma sucinta apresentação da União Europeia e do projecto europeu, tendo o eurodeputado realçado as suas fragilidades se bem que sem nunca deixar de transmitir a sua fé na instituição.

Posteriormente, iniciou-se o debate. Os alunos colocaram várias questões sobre, nomeadamente, o Brexit, a ascensão dos populismos, a questão dos refugiados e a cibersegurança.

A Sessão terminou com um apelo do deputado aos jovens no sentido de participarem mais na vida política do nosso país e da União Europeia, fazendo uso do direito de voto e da sua voz.

Carlos Coelho

  • No dia 22 de Fevereiro, a Escola Secundária Rainha Dona Leonor teve a honra de receber a eurodeputada, pelo Bloco de Esquerda, Marisa Matias.

Após uma breve introdução feita pela própria deputada, os alunos do Ensino Secundário das Áreas de Ciências e Tecnologias, Economia e de Línguas e Humanidades tiveram a oportunidade de colocar as suas perguntas à eurodeputada. Entre os temas abordados estiveram a igualdade de género, a xenofobia, o racismo, a importância do voto, entre muitos outros.

No final, uma das alunas mencionou a greve estudantil pelo clima marcada para o dia 15 de Março, pedindo a opinião da deputada. Em resposta, Marisa Matias elogiou a iniciativa dos estudantes, relembrando os movimentos cívicos em que se envolveu desde jovem, e vincou mais uma vez a importância de sermos cidadãos ativos.

marisa

  • Visita ao Media Lab:

No dia 5 de dezembro, a convite do Espaço Europa, os alunos da Escola Secundária Rainha Dona Leonor visitaram o Media Lab do Diário de Noticias, e foram jornalistas da Europa por um dia.

Após uma breve formação sobre as práticas jornalísticas, os alunos assistiram ao vídeo preparado pelo EPE, que lembrou aos jovens as vantagens de serem cidadãos europeus.

Após a apresentação do Dr. Etelberto Costa (Embaixador Nacional da Plataforma Europeia de Educação de Adultos) subordinada ao tema "2030? O que estarei a aprender", os alunos entrevistaram o orador para os noticiários em rádio e em vídeo.

Seguidamente, os alunos começaram a redigir as suas notícias para serem gravadas em rádio depois de escolherem os assuntos a noticiar e de selecionarem a informação a partir do site online da TSF. Todas as notícias tinham que estar relacionadas com a Europa, dado que os objetivos deste workshop eram, nomeadamente, despertar o interesse dos jovens para questões relacionadas com União Europeia e fazê-los acreditar que a sua voz e acção têm importância na construção do futuro europeu.

Os alunos visitaram, depois, a redação do Diário de Notícias e do Dinheiro Vivo e gravaram os seus noticiários.

Media Lab 1

Media Lab 2

  • No dia 28 de março, alunos do 12º ano de Línguas e Humanidades deslocaram-se ao Espaço Europa onde, depois de calorosamente acolhidos, participaram numa sessão de esclarecimento sobre as oportunidades que a União Europeia proporciona aos jovens, nomeadamente o Programa Erasmus. Os alunos tiveram, ainda, a oportunidade de testar os seus conhecimentos sobre a história, o papel e as instituições da União Europeia. No fim, os alunos foram gentilmente presenteados com alguns brindes e documentação sobre a U.E.

espaco europa

 

 

  • No dia 2 de abril, alunos do 12º 9ª deslocaram-se à Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa para participarem no evento “Porque o mundo não vai esperar pela próxima vez…Desta vez eu voto”, organizado pelo Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal.

Os oradores convidados vincaram, sobretudo, a importância da participação dos jovens nas eleições europeias (que decorrerão em Portugal no dia 26 de maio) e os alunos tiveram oportunidade de colocar questões à Mesa, responderam a perguntas sobre a União Europeia e foram convidados a apresentarem propostas para a melhoria da vida dos portugueses.

A atividade foi avaliada muito positivamente pelos alunos visto que consideram muito importante a existência de debates onde possam expressar as suas opiniões.

Debate europeias

  • No dia 4 de abril, alunos do Ensino Secundário de Línguas e Humanidades participaram na Cimeira das Democracias, organizada pelo Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa. O tema deste ano foi “Patriotismo e Cosmopolitismo hoje”.

Após a Assembleia Geral inaugural, alguns alunos participaram nas Comissões Especializadas (Política de Defesa e Segurança; Democracia, Governabilidade e Reforma Institucional; Cidadania/Cultura; Economia e Ambiente) enquanto outros vestiram a pele de jornalistas. Nas Comissões propuseram e aprovaram moções que, no final do dia, foram debatidas e votadas na Assembleia Geral.

Durante o evento, a Dra. Ana Antunes, em representação do Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal, reuniu com os professores e divulgou, nomeadamente, o concurso “Cimeira das Democracias IEP – Euroscola”.

Mais uma vez os alunos adoraram participar na Cimeira das Democracias dado que esta sempre lhes proporciona um maior conhecimento sobre os países da União Europeia (e não só) e sobre os problemas que afetam o mundo atual. Os alunos ficaram também a conhecer uma instituição de Ensino Superior e desenvolveram as suas competências a nível da construção de propostas, da argumentação e da procura de consensos.

 Cimeira Democracias

Próximas Atividades:

  • 9 de maio – Comemoração do Dia da Europa. PARTICIPE!